Eleitorado brasileiro: O que mudou de 2018 para 2022?

No ano de 2018, os eleitores brasileiros aptos a votar totalizavam 147.306.275 milhões. Para as eleições de 2022, houve um crescimento de 6,2% totalizando 156.454.011 eleitores.

Segundo o presidente do TSE, o ministro Edson Fachin, os números são “efetivamente impressionantes” e demonstram “a pujança cívica da cidadania”, uma vez que os dados significam “o maior eleitorado cadastrado da história brasileira”.

Confira abaixo, as principais mudanças no eleitorado brasileiro, de 2018 para 2022:

As mulheres são a maioria em todas as faixas etárias do eleitorado

Há algum tempo as mulheres são maioria entre os eleitores brasileiros, porém, este ano e pela primeira vez, elas são a maioria em todas as faixas etárias.

Ao todo, são 82.373.164 milhões de eleitoras, o que equivale a 52,65% do total de eleitores brasileiros. Dentro deste contexto, é possível perceber um interesse maior entre as jovens brasileiras a partir dos 16 anos, em participar das eleições, já que a obrigatoriedade só é imposta a partir dos 18 anos.

Pela primeira vez, a Justiça garante o uso do nome social à todos os eleitores

Pela primeira vez na história da democracia, a Justiça Eleitoral garante que pessoas transgênero, transexuais e travestis tenham o nome social (nome pelo qual o eleitor prefere ser designado) impresso no título de eleitor e no caderno de votação.

Em 2022, 37.646 pessoas usarão seu nome social, o que representa 0,02% de todo o eleitorado brasileiro. No ano de 2018, esse número era de 7.945 pessoas e, hoje, 29.701 eleitores optaram por usar o nome social ao se registrarem ou atualizarem os dados na Justiça Eleitoral.

O número corresponde a 20.129 mil eleitoras e 17.517 mil eleitores na divisão de gênero.

Região Sudeste tem mais eleitores na distribuição geográfica

O eleitorado brasileiro está distribuído em 5.570 cidades pelo Brasil, além de 181 cidades no exterior. A votação acontecerá em 496.512 mil seções eleitorais distribuídas em 2.637 mil zonas eleitorais.

São Paulo continua em primeiro lugar com o maior colegiado eleitoral e equivale à 22,16%de todos os eleitores brasileiros. Esse número significa que, a cada 5 votantes no país, um mora em São Paulo. O estado de Minas Gerais fica em segundo lugar com 10,41% e o Rio de Janeiro em terceiro, com 8,2%. No total, a região Sudeste detém 42,64% de todo o eleitorado nacional.

Já a menor parte do eleitorado brasileiro se concentra no norte, onde a quantidade de eleitores equivale a 8,03% do total. Roraima (0,23%), Amapá (0,35%) e Acre (0,38%) são as unidades da Federação com menos eleitores, respectivamente. Em relação às regiões com menor porcentagem de eleitores, está também o Nordeste com 27,11% do eleitorado. Em seguida aparecem o Sul (14,42%), Norte (8,03%) e Centro-Oeste (7,38%).

Cresce votos facultativos entre eleitores jovens e idosos

O voto é facultativo no Brasil é permitido para os jovens de 16 e 17 anos, para as pessoas acima dos 70 anos e para os analfabetos.

Em relação a 2018, jovens entre 16 e 17 anos correspondiam a 1.400.617 milhões e hoje, correspondem a 2.116.781 milhões. Um aumento de 51,13% que se dá, principalmente, às ações promovidas pela Justiça Eleitoral durante a Semana do Jovem Eleitor.

Além dos jovens, o eleitorado acima de 70 anos também aumentou 23,82%. Em 2018 eram 12.028.608 milhões de idosos aptos a votar e hoje, 14.893.281 milhões. Esse número representa 9,52% de todo o eleitorado brasileiro.

Três em cada quatro eleitores já fizeram a Biometria

De 156.454.011 eleitores brasileiros, 118.151.926 poderão ser identificados pela impressão digital na hora do pleito em 2022. Esse número corresponde a 75,51% do total, bem maior que 2018, onde 59,31% do eleitorado tinha biometria. Outros 38.320.884 milhões de eleitores, ou 24,48%, ainda estão sem biometria.

O Cadastro Eleitoral aponta mudanças na escolaridade

Em 2022, 26,31% do eleitorado brasileiro se concentra entre aqueles que declararam possuir o ensino médio completo, o que resulta em 41.161.552 milhões de eleitores.

De 2018 a 2014, a principal faixa do eleitorado era composta por pessoas com o ensino fundamental incompleto.

Este ano, os eleitores que declararam ter o ensino fundamental incompleto totalizam a marca de 35.930.401 milhões e correspondem a 22,97% de todo o eleitorado. Em seguida, 26.049.309 milhões de eleitores dizem ter o ensino médio incompleto, equivalente a 16,65% do total e outros 17.127.128 milhões declararam ter o ensino superior completo e totalizam 10,95% de todos os eleitores brasileiros.

Aumenta número de eleitorado com deficiência 

Neste ano,1.271.381 pessoas declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. Neste contexto, há um crescimento de 331.466 mil eleitores em relação a 2018, onde 939.915 mil pessoas afirmaram ter deficiência. Esses números equivalem a 35,27% de todo o eleitorado brasileiro.

De acordo com o Calendário Eleitoral, o eleitor que declara ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, têm até o dia 18 de agosto para solicitar transferência para uma seção com o facilitado.